"O inimigo do meu inimigo é meu amigo, não é esse o ditado? Queria que os elfos pensassem assim. Com eles seria algo do tipo: o inimigo do meu inimigo está vulnerável, então vamos esfaqueá-lo pelas costas enquanto ele não estiver olhando." O livro O Aprendiz é o primeiro da série Conjurador e foi escrito por Taran Matharu, publicado em 2015 pela editora Galera Record. A obra conta a história de Fletcher, um garoto órfão de 15 anos que foi abandonado nos muros de um vilarejo, chamado Pelego, em pleno inverno quando ainda era bebê. Adotado pelo ferreiro da cidade, o garoto cresceu sem saber nada sobre suas origens. Fletcher era um bom caçador, mas não muito popular na vila. Até que um dia, quando um velho soldado da guerra contra os orcs, a vida de Fletcher muda completamente. O soldado simpatiza com o garoto pelas provocações que ele sofre e, então, deixa de presente para ele um livro de um mago de batalha. Qual não é a surpresa do menino quando consegue conjurar um demônio, algo que só os nobres deveriam ser capazes. "A injustiça era comum em Pelego, e o rapaz aceitara havia muito que, num mundo de privilegiados e desfavorecidos, ele certamente fazia parte da segunda categoria." Por um golpe de sorte, depois de muitos problemas, Fletcher consegue uma vaga na Academia Vocans, onde começa a aprender a utilizar seus poderes e mais sobre a política de Hominun, principalmente pelo fato de que chegou na Academia em um ano de grandes mudanças com relação aos alunos autorizados a ingressar em Vocans. A vida de Fletcher continua não sendo fácil na Academia. Apesar de fazer amigos, os novos inimigos que aparecem em sua vida são poderosos e estão dispostos a não deixar sua vida ser nada fácil. Soma-se a isso as suspeitas por trás de quem seria seu verdadeiro pai, agravado pela força do demônio que ele consegue invocar logo de início e pelo fato de ele não saber nada sobre seu passado. Além disso, seu próprio demônio já tem um grande mistério, já que não é comum de se encontrar nas áreas do Éter que os magos costumam utilizar. A obra foi publicada originalmente no Wattpad e teve mais de 6 milhões de visualizações. É uma mistura de Harry Potter, Senhor dos Aneis e Pokemon. Fizemos uma entrevista com o autor aqui no blog, buscando saber de onde vieram suas inspirações para escrever este livro, que você pode conferir clicando aqui. "De alguma forma, as palavras que ele tinha deixado não ditas ao longo dos anos, eram do que mais se arrependia." O mundo é dividido basicamente em quatro raças: humanos, anões, elfos e orcs. Entre as três primeiras, os humanos são os mais privilegiados e tem vários conflitos com os demais, mas estão começando a buscar o apoio de elfos e anões para combaterem seu inimigo em comum, os orcs. Fletcher é um garoto muito bondoso e inteligente, que sofre preconceito em sua vila por ser diferente na aparência e na história e depois por suas origens na academia. A maioria das coisas que lhe acontecem são por sorte/acaso, não por ser especial ou algo do tipo. O livro tem um contexto bem interessante e uma narrativa chamativa, Taran Matharu fez um excelente trabalho (o que não é bem uma surpresa considerando principalmente o sucesso que fez no Wattpad antes de ser publicado); o universo criado por ele é rico em detalhes e a história prende do início ao fim. Que, aliás, é de deixar sem fôlego! A impressão que temos é que as tramas vão se desenrolando na hora certa, deixando um gosto de quero mais, mas sem enrolar muito a história. Para quem gosta de fantasia este livro é perfeito. Rico em detalhes, com uma mistura bem gostosa de várias histórias de sucesso, encantador, que nos leva ao mundo de Fletcher do começo ao fim e tem uma leitura fluida que permite ser lido bem rapidamente também. "O maior inimigo de um guerreiro pode ser também seu maior professor." Postado por: Letícia
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"Ingrato é aquele que esquece a pátria e os amigos de infância, quando tem a felicidade de encontrar na vida, o oásis da prosperidade e da fortuna." O livro O Homem que Calculava foi escrito por Malba Tahan, um professor, educador, pedagogo, matemático e escritor do modernismo brasileiro, publicado pela primeira vez em 1938, sendo este seu livro mais famoso. A obra conta a história de Beremiz Samir, um calculista persa em um ambiente islâmico medieval, Bagdá no século XIII. Beremiz tem um encontro inesperado com um viajante de Samarra, Hank Tade-Maia, e acabam tornando-se parceiros de viagem. Hank descobre o talento de Beremiz com cálculos e fica intrigado e encantado. É ele o narrador das aventuras do calculista. Após algumas provas de suas habilidades, Beremiz fica rapidamente famoso em Bagdá, sendo requisitado tanto por pessoas comuns quanto por nobres. O objetivo da história é mostrar como a matemática está presente em tudo na nossa vida e, sabendo utilizá-la, podemos tornar nossos problemas simples. O mais interessante nisso é que o autor consegue explicar de maneira fácil e bastante agradável para os leitores como o calculista chegou naquela resposta, acabando ensinando matemática de uma maneira bem diferente no decorrer da obra. Outro ponto interessante também é a quantidade de informação sobre a cultura islâmica que vemos na história, tendo uma imersão na cultura muito gostosa de se ler. E a combinação disso com a parte da matemática só deixou a história mais interessante. A única coisa que não gostei muito no livro foram os títulos dos capítulos. Alguns tinham tanta informação sobre o que iria acontecer que dava vontade até de pular o capítulo. Mas, tirando isso, a história é bastante envolvente. Indico este livro para todos que gostem de novas descobertas (apesar de ser um livro bem antigo), já que é um tipo de história não muito comum. E para todos aqueles que gostem muito ou muito pouco de matemática, já que costumamos sempre pensar quando estamos estudando isso: “para que eu vou usar isso na minha vida?”, então, esse livro tem as respostas... Postado por: Letícia
"O que transforma qualquer ato em algo extraordinário, é o fato de fazermos aquilo com o coração, e o que transforma qualquer vida numa existência extraordinária é o fato de ser vivida com amor." O livro O Que Aprendi Com Meu Carteiro Sobre O Trabalho e a Vida foi escrito por Mark Sanborn e publicado pela editora Sextante em 2007. Esta obra conta a história de Fred, um carteiro de Denver, Colorado, que podia ser uma pessoa comum fazendo seu trabalho, mas Sanborn acabou descobrindo que estava à frente de um profissional fantástico. Ao se mudar para uma nova casa, Mark Sanborn tem uma visita um pouco inesperada: o carteiro Fred se apresenta e oferece para guardar suas correspondências para que, em suas viagens, não fique claro para possíveis ladrões que ele não está lá. Sanborn fica surpreso, pois um estranho estava mais preocupado com a segurança sua e de sua casa mais que ele mesmo. Mark Sanborn começa a contar sobre seu carteiro em suas palestras, visto que ele demonstra um grande interesse pela satisfação do cliente, fazendo com que várias pessoas passem a admirar o carteiro. Começamos então a analisar o jeito Fred de ser, como identificá-lo nas pessoas e como nos tornarmos um Fred. O autor faz também críticas à repressão à criatividade e ensina líderes a incentivarem, buscarem e manterem pessoas com o estilo Fred em suas empresas. Vemos várias lições que podem ser aplicadas no nosso cotidiano e, ao decorrer do livro, vamos sentindo além da admiração pelo Fred e identificando Freds com quem convivemos, desperta em nós também a vontade de ser como ele. E, para que façamos isso, Mark deixa várias dicas, a primeira sendo que devemos começar aos poucos, não é preciso atitudes grandiosas para fazermos coisas extraordinárias, basta todos os dias fazermos poucas coisas com o maior interesse possível. Este livro é indicado para todos que, independente da sua profissão colocam o coração naquilo que fazem e buscam fazer a diferença, mesmo nos mínimos detalhes. Postado por: Letícia
O livro Noite à Deriva é uma antologia com 7 contos e 6 poemas da autora Amanda Reznor, publicado neste ano na Amazon.
Recheado de terror e suspense, o livro nos leva por terras de fantasia e mistério com contos ambientados aqui no Brasil, deixando um gostinho de casa e um pouco mais de medo também, pelo mesmo motivo. Ao final de cada conto temos um poema, bem elaborados e profundos, com bastante sentimento em alguns. Os contos têm um contexto muito bem feito, o que permite que as cenas estejam bem interligadas, não deixando nenhuma ponta solta nos mistérios de cada história. Ao mesmo tempo, os detalhes são muito bem dosados para fazer com que você fique o tempo todo imaginando o que pode acontecer. Acho difícil escolher o conto que gostei mais, principalmente porque cada um chamou minha atenção de uma maneira especial. Porém, os meus favoritos foram “O Último Pêssego do Fan Tao” e “A Lenda de Kauane”, além de todo o suspense da história, em ambas as histórias, além de curiosa, senti meu coração partir com a situação dos personagens a cada momento que eles passavam por uma dificuldade. Este é um gênero literário que estou apenas começando a embarcar, mas definitivamente fiquei apaixonada nas histórias e, como o livro é curto, li mais de uma vez bem rápido. Para quem gosta de histórias curtas e livros rápidos, de livros de suspense e terror e de fantasia, é uma excelente pedida, vale a pena dar uma chance para ele.
Postado por: Letícia
O livro O Garoto no Convés foi escrito por John Boyne e publicado pela Companhia das Letras em 2009, a obra, baseada em fatos reais, conta a história de John Jacob Turnstile, um garoto de Porstmouth que sofre abuso no orfanato em que mora e é obrigado a praticar furtos para continuar tendo um lugar para morar. A vida de Turnstile muda completamente ao tentar furtar um fidalgo que acaba se apiedando do jovem e o salvando de ser preso em troca de embarcar como criado particular do capitão Bligh, por 18 meses, a bordo do HMS Mounty, um navio da marinha britânica que tem a missão de ir a ilha Otaheite (Tahiti) para colher mudas de fruta-pão e alimentar os escravos nas colônias. Na hierarquia do navio o jovem Turnstile era o último, mas pelo seu cargo ele ficava muito próximo do capitão e, no decorrer do livro, é tocante como o garoto se afeiçoa ao capitão e vice-versa: o garoto encontra alguém que cuida dele sem querer nada em troca e o capitão acaba matando um pouco a saudade do filho ao cuidar dele. "Um jovem como você devia ter sempre acesso aos livros. Eles enriquecem o espírito, sabe? Fazem perguntas sobre o universo e nos ajudam a compreender um pouco mais o nosso mundo." Tutu – apelido que ganha dos marujos, apesar de não gostar do mesmo – passa por diversas situações que jamais imaginaria a bordo do navio, bons e ruins, mas o tempo todo nutre o desejo de fugir para não precisar voltar para casa e para os cuidados do Sr. Lewis, o homem responsável pelo orfanato onde ele sofre abusos que vamos descobrindo ao decorrer do livro e vão apertando o coração ao imaginar o sofrimento do menino. O navio em que Turnstile embarca sofre, realmente, um motim dos tripulantes que não desejavam retornar para casa, mas sim permanecer na ilha. E Turnstile tem uma escolha difícil pela frente: permanecer na ilha e então nunca mais voltar para casa ou ficar ao lado do capitão Bligh. Este foi o segundo livro de John Boyne que li, o primeiro foi O Menino do Pijama Listrado (você pode conferir a resenha clicando aqui) e, assim como o primeiro, fiquei completamente encantada por ele. A escrita é extremamente cativante e nos prende, não conhecia a história do livro então fiquei maravilhada com ela. Assim que comecei a ler não queria mais parar, recheado de momentos tristes, apreensivos e engraçados, o autor domina de maneira espetacular a sua atenção na trama. É um livro que vale muito a pena ser lido, tanto por quem gosta de romances históricos quanto por todos aqueles que estão atrás de uma história linda e encantadora. "Nada melhor que o arrependimento e os pedidos de desculpa, mas certas coisas acontecem na vida de uma pessoa ficam tão impressas na memória e tão gravadas no coração que é impossível esquecê-las. São como um ferrete." Postado por: Letícia
O livro Seres do Além, do autor Clayton de La Vie foi publicado no ano passado pela editora Fonzie. A obra conta a história dos irmãos Richard, Christine, Nicolas e David que, em uma noite tiveram sua vida virada pelo avesso ao descobrirem que há muito mais por trás de suas existências e da morte de sua mãe.
Através de Gabriel o trio descobre que são bruxos de uma poderosa família do Mundo Mágico, para onde são levados. Lá eles se deparam com seres mágicos, construções magníficas e muitas aventuras os aguardam. Os irmãos chegam em um momento complicado para o Mundo Mágico: forças do mal estão prontas para criar uma guerra capaz de destruir os três mundos. Há uma profecia segundo a qual um dos Richard será aquele capaz de acabar com a guerra. Os jovens então são levados à Central de Investigação e Assombração (C.I.A) para serem treinados e ajudar a proteger o mundo mágico. O livro é repleto de aventuras, altos e baixos, jogos de poder, vingança, traição... Os ambientes e criaturas foram muito bem feitos, não deixando pontas soltas, nem falhas na história, mesmo sendo uma obra repleta de detalhes e cenários diferentes. Os personagens foram muito bem construídos. Meu personagem favorito na história toda foi Kouta, um portador e mensageiro da Confederação. Kouta é um parceiro leal para Christine até o fim. E depois dele também. Senti falta de mais aparições dos irmãos de Christine, já que a história é focada nela, mas mesmo assim eles foram muito bem construídos, você consegue perceber traços bem específicos da personalidade de cada um dos irmãos. Apesar de ser a principal, não gostei muito de Christine depois de certa parte do livro, algumas atitudes que a bruxa teve, apesar de terem sido explicadas no final, não consegui de maneira alguma me conformar. Cheguei inclusive a parar de ler e pensar: não, não é possível isso. Porém, a obra é tão boa que não dá para parar de ler e voltava a leitura mesmo indignada rsrs. A história é bastante envolvente, cheia de reviravoltas, do começo ao fim. Já no começo nos vemos envolvidos com a história, pois não é aquele tipo de obra que depende do desenrolar para você entender, as informações são dadas no decorrer da história de acordo com os fatos, o que deixa a leitura mais fácil apesar de tantos detalhes. O mais impressionante sobre a obra é que o autor a escreveu quando ainda era criança, é incrível ver como ele conseguiu inserir uma rede tão intrincada de informações de uma maneira clara, sem deixar o leitor perdido e lidar com tantas coisas relacionadas a sentimentos, autoridade, a imensa gama de personagens e seus tipos (a história não se atém a bruxos, temos também zumbis, centauros, vampiros, lobisomens, entre vários outros tipos de criaturas) da forma que encontramos no livro. Para todos aqueles que gostam de fantasia, aventuras e mistérios, este livro é um prato cheio que com certeza deve ser lido. Para quem gosta de histórias ricas em detalhes e nunca leu este estilo literário, com toda certeza se começar por ele vai ler e não querer parar mais. Super recomendo! Postado por: Letícia O livro "O mágico de Oz", um clássico da literatura mundial, foi escrito por L.F. Baum e publicado pela primeira vez no ano de 1901, tornando-se um best-seller por dois anos seguidos. Eternizado com uma adaptação para o cinema em 1939, pela Warner Bros. e tornando-se um dos filmes de maior sucesso do mundo.
Por ser uma história com várias adaptações literárias e cinematográficas, a maioria das pessoas já conhece o geral do que acontece no livro: uma garotinha, chamada Dorothy, é levada por um furacão no Kansas com seu cachorro para a terra de Oz. Lá ela descobre que, para voltar para casa, precisa encontrar o Todo-Poderoso Oz, na cidade das Esmeraldas, que ela pode encontrar seguindo por uma estrada de tijolos amarelos Em sua jornada ela acaba se juntando, de maneira inesperada a um espantalho, um homem de lata e um leão covarde, cada um com o seu próprio pedido para fazer ao grande mágico: o espantalho quer um cérebro, para que possa pensar como os homens; o homem de lata quer um coração, para que possa voltar a amar, como quando era um humano, e o leão covarde que coragem, para que possa, realmente, ser o rei da floresta. Muito se engana quem acha que essa é uma história apenas para crianças, ela encanta a todos os públicos. Cheia de metáforas, além da história bonita e da aventura pelas quais os amigos passam, os adultos podem encontrar outros significados: a busca elo cérebro do espantalho representa a busca pelo conhecimento, o homem de lata mesmo sem ter um coração pulsando, é um exemplo de bondade, e o leão covarde nos ensina sobre a coragem. Oz também tem algumas lições para nos ensinar, mas para quem não conhece toda a trama, não darei spoiler... Os personagens e o enredo são muito bem construídos. As lições que passam são bem marcantes, mesmo para crianças que não podem abstraí-las da história. Além da lição individual que cada personagem nos traz, o livro tem uma moral a mais, sobre acreditarmos em nós mesmos. Eu conhecia a história assim como muitos: bem por cima, já que nunca tinha lido o livro. E ainda assim conhecia bem pouco, não sabia dos macacos alados, nem o porque de muitas coisas acontecerem, então me encantei muito por essa chance de conhecer realmente essa história que fez parte da minha infância. Depois de uma experiência um pouco traumática com Alice no País das Maravilhas, esse livro me encantou muito, estou arrependida de não tê-lo lido antes. Postado por: Letícia A obra "O Hobbit", escrita pelo grande J.R.R. Tolkien, foi publicada pela primeira vez em 21 de setembro de 1937. Esta história se passa alguns anos antes dos acontecimentos de “O Senhor dos Anéis”, sendo basicamente uma introdução da saga do anel.
No livro conhecemos a história de Bilbo Bolseiro, quem assistiu aos filmes do Senhor dos Anéis vai se lembrar dele logo do começo da história, um hobbit muito simpático que é mestre em fazer o que os hobbits fazem de melhor: comer, ler, cozinhar, em resumo: viver uma vida calma, tranquila, sem grandes novidades e, muito menos, aventuras. Até que um dia, uma simples visita, vira a vida do pequeno hobbit de pernas para o ar. Muito tempo atrás, quando Bilbo ainda era um garoto, um mago visitava as terras do Condado, fazendo shows de pirotecnia que encantavam as pessoas e, vez ou outra, acabava convencendo um jovem hobbit a partir pelo mundo atrás de aventuras. Este mago era Gandalf. E apesar de Bilbo ter certo receio com o mago por este motivo ele o convida para um chá no dia seguinte. Convite este que o mago estende para 13 anões, que buscam um integrante para sua nova empreitada: uma jornada pelas terras ermas para resgatar um tesouro guardado por Smaug, um dragão. Mesmo ainda estando em dúvida se tem interesse ou não na aventura, Bilbo é contratado pelos anões como ladrão. No começo, os anões não confiam muito no potencial de Bilbo, na verdade nem o próprio Hobbit tem muita confiança. Mas após várias enrascadas que ele os salva com uma mistura de muita astúcia e sorte, essa situação muda e, juntos, Bilbo e os anões, fazem história. Tolkien certamente criou um universo imenso e com muito sentido: línguas, histórias, mapas, lugares, tudo com uma relação tão certa que você nem repara que é fantasia apenas. Os personagens são bem construídos e pode-se analisa-los de uma maneira bastante profunda. Bilbo, por exemplo, representa todos nós, com uma grande vontade de vivermos aventuras, mas com medo e insegurança sobre o que elas irão trazer. Já tinha lido a saga do Senhor dos Anéis e lido os livros, mas no caso d'O Hobbit preferi esperar a leitura (que posterguei bastante) para ver o filme. E valeu a pena: fiquei muito surpresa com o rumo dos acontecimentos, o que deixou a leitura ainda mais prazerosa. O livro te prende do início ao fim. As obras do autor, em algumas partes são maçantes, mas não senti tanto isso quanto com os livros do senhor dos anéis, talvez por não saber o que iria acontecer. Este livro também foi o primeiro audiobook que eu ouvi e, por ter um narrador onisciente, a história ficou muito gostosa de ser ouvida. A linguagem do livro, apesar de ter oitenta anos, é bastante atual. Mesmo sendo um livro infanto-juvenil que, normalmente, apenas um grupo específico de pessoas costuma ler, é uma leitura muito válida e muito gostosa para todos que gostam de fantasia, principalmente porque muitos dos nossos livros atuais buscam inspirações nas obras de Tolkien. Link do livro no Skoob: www.skoob.com.br/livro/509ED660-o-hobbit Postado por: Letícia Para encerrar o mês com chave de ouro, a resenha do livro Fogo ficou para hoje. Publicado pela editora e-galáxia, em julho deste ano, e escrito por Eduardo Alves, a obra mistura fantasia e ficção científica através da história de Bernardo e seu melhor amigo Michael.
O mundo é dividido entre elementos e as trevas. Desde sempre os elementos combatem as trevas para que elas não possam fazer mal para ninguém. Os elementos agem através de pessoas, chamadas de guardiões, que possuem a capacidade de controlar os elementos para proteger o mundo das trevas. É aqui que Bernardo se encaixa na história. Após ele e seu amigo Michael verem uma garota bater um carro, conjurar uma espada e matar uma fera que vira poeira, Bernardo é recrutado para Livetown, uma renomada escola no Canadá que, aparentemente, não tem nada fora do normal. Nesta escola Bernardo faz novos amigos, começando por Raphael e Lívia, que assim como ele, ainda não despertaram seu elemento. Situação que muda após serem atacados em uma cachoeira perto da escola por uma fera das trevas. Bernardo chama muito a atenção nesta luta e passa a receber um treinamento especial, em um lugar especial do seu elemento (fogo). Porém, nem tudo poderia correr tão bem para ter emoção na história certo? Bernardo descobre que seu amigo, Michael, que estava desaparecido, pode ter alguma relação com o desaparecimento de um outro estudante da escola. A suspeita é de que Michael tenha se tornado o novo Lorde das Trevas. Agora, com a ajuda de Letícia, Raphael, Lívia e Nina, Bernardo tem uma difícil missão: derrotar seu melhor amigo para salvar o mundo. O autor escreve muito bem e, apesar da história ser ambientada em vários locais reais mesmo sendo fantasia, ele não deixa uma sensação de que você saberia mais sobre a história se conhecesse o lugar. Pode-se abstrair coisas muito profundas também da história, como a amizade, um tema bastante aproveitado por Eduardo Alves: Bernardo encontra-se em uma situação complicada, ou derrota Michael, seu melhor amigo desde a infância, mas que tornou-se mal e foi corrompido pelas trevas, ou deixa o mundo e seus novos amigos em uma situação nada boa. A lealdade que o garoto tem para com as pessoas e até a inocência em algumas partes são tocantes e lembram que, apesar de parecer muito maduro, ele ainda é só um garoto. E tudo isso de uma maneira muito gostosa de se ler, extremamente fluida, daquelas que você não quer parar de ler até o fim e, quando termina, você já quer o próximo livro. Este, com certeza, foi um dos melhores livros que li este ano (tanto que li duas vezes seguidas rsrs), e super recomendo para todos! É uma excelente leitura. Link do livro no Kobo: store.kobobooks.com/pt-br/ebook/fogo-livro-1-1 Link do livro no Skoob: www.skoob.com.br/fogo-614765ed615323.html Postado por: Letícia O livro, escrito por Diego Martello, parceiro aqui do blog, e publicado pela editora Novo Século na série Talentos da Literatura Brasileira, foi publicado em 2015.
Esta história é sobre William, um jovem empreendedor que tem alguns problemas pessoais: um desentendimento com o pai, Marcos, que perdura há anos e o fato de que sua mulher, Eva, não consegue engravidar. A história começa com tudo dando certo para William. Ele era um consultor de uma empresa e, então, o diretor dela decide convidá-lo para assumir o segmento no qual prestava consultoria. Além de ter feito um excelente trabalho, William ajudou-o a resolver seu desentendimento com o filho pela empresa. A primeira vista a oferta é irrecusável, mas o homem pede que William não ceda ao calor do momento e pense se é isso o que ele realmente quer. Nessa parte as coisas começam a complicar. E elas complicam porque nosso protagonista é um grande analisador de problemas internos, repensando todas as situações passadas que aconteceram pensando não só no que poderia mudar, mas no que essas decisões afetaram sua vida e personalidade, imergindo profundamente em seus pensamentos. O foco da história são os momentos de reflexão profunda de William ao tentar resolver seus conflitos internos. Junto com ele, o autor nos leva a uma jornada intensa e reflexiva ao nosso interior, de uma maneira bastante provocativa, sem nos apresentar soluções, mas sim nos guiando a encontrarmos por conta própria. Alguns pontos bem interessantes retratados foram a questão do poder da mente de ser o que desejamos e de se adaptar as mudanças pelas quais passamos, sejam intencionais ou não, e também, a questão da motivação com relação ao trabalho: eu faço o que gosto? Gosto do que faço? Sinto prazer em exercer estas atividades? Estou motivado ou somente faço o que exigem de mim? Apesar de ser pequena, a obra é bastante intensa. Para aqueles que gostam de leituras filosóficas este livro certamente é um prato cheio. Por ser intenso eu demorei um pouco para ler, alguns pedaços me levaram a muitos momentos de reflexão. Apesar disso, não é um livro difícil, portanto, para quem deseja e gosta de enveredar-se por uma jornada de autoconhecimento ou melhorar as relações interpessoais, este é um bom começo! Link do livro no Skoob: www.skoob.com.br/uma-vez-voce-uma-vez-eu-544262ed553977.html Postado por: Letícia |
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