O gênero literário deste livro nunca foi muito minha praia. Nunca tinha ouvido falar nem do livro, nem do autor. Para quem, assim como eu, não conhece/conhecia Mário Sérgio Cortella, ele é um filósofo e escritor brasileiro, é mestre e doutor em Educação pela PUC-SP, foi assessor especial e chefe de gabinete do Paulo Freire, o sucedendo depois no cargo de secretário municipal de Educação de São Paulo, autor de uma enorme lista de obras e suas palestras podem ser encontradas facilmente na internet. Esta leitura foi uma indicação e, embora tenha visto comentários de que outros livros do autor sejam melhores (como, por exemplo, "Não nascemos prontos"), não acho que este livro tenha deixado a desejar, foi na verdade motivador para que tenha buscado ler mais livros do mesmo estilo. O autor divide a obra em três partes: Gestão, Liderança e Ética. Gostei bastante das três partes. Pude encaixar grande parte do livro na minha vida, tanto em coisas observadas ao meu redor, quanto coisas em mim mesma. A maioria das coisas que são citadas ao decorrer do livro são simples e que muitas vezes passam despercebidas no nosso dia a dia. Duas partes em especial chamaram bastante minha atenção no livro. Uma é quando ele fala sobre o: "você sabe com quem está falando?". Além de mostrar que, apesar da arrogância que uma pessoa pode adquirir por uma posição ou cargo na sociedade ou na empresa, todos somos iguais e insignificantes se você colocar tudo numa perspectiva maior. "Temos carência profunda e necessidade urgente de a vida ser muito mais a realização de uma obra do que de um fardo que se carrega no dia a dia" A outra parte que me chamou atenção é quando ele fala sobre uma tradição romana em que, generais ou grandes líderes de guerra, ao voltarem vitoriosos de uma batalha, entravam na cidade de Roma, deixando o exército do lado de fora em um campo aberto, subia numa biga e atravessava toda a cidade sendo aclamado pelo povo até o senado. Ao lado do general, por lei, ia um escravo, que tinha a obrigação de subir a biga e dizer ao general a cada quinhentas jardas: "Lembra-te que és mortal.". "Você tem cansaço quando uma atividade lhe exige bastante, mas é prazerosa. O estresse se instala quando aquilo que você faz lhe exige bastante, mas você não vê a razão de fazê-lo." Li o livro bem rápido e, ao terminar, fiquei um pouco insatisfeita. Não com a obra, mas ao perceber várias coisas que durante o livro você é levado a analisar e percebe que não é nada muito difícil de mudar, mas que exigem vontade. E muitas pessoas não tem essa vontade.
É um livro que recomendo que todo líder, seja no trabalho, em casa, no grupo da escola, deva ler. É uma leitura fácil, um livro pequeno, e bastante profundo, mas que vale muito a pena. Já tem um trecho deste livro aqui no blog, clique aqui para conferir.
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