O livro Uma Casa No Meio do Caminho foi escrito por Barry Martin e Philip Lerman, publicado no Brasil pela editora Sextante no ano de 2015 e é uma espécie de autobiografia. Para quem gosta de animações, este livro serviu como inspiração para uma campanha de divulgação do filme Up - Altas Aventuras.
Eu disse que é uma espécie de autobiografia porque, ao mesmo tempo em que Barry conta sua vida ele faz a biografia de Edith Wilson Macefield, uma senhora de 85 anos que mora há anos no bairro de Ballard, um bairro na cidade de Seattle que mistura área industrial e residencial e que está em decadência. Uma construtora compra no bairro de Edith um terreno muito grande para construir um shopping. Só há um problema nessa compra: Edith não quer vender sua casa e ela está no meio da construção. Apesar de muita insistência e preços muito altos, a Srta. Macefield não aceita a venda. Acaba tornando-se então um símbolo na mídia, que condena a construtora por tentar tirar a pobre velhinha cheia de princípios de sua casa, e um empecilho para os construtores. É aí que Barry entra na história: ele foi contratado para ser o responsável pela construção e acaba conhecendo Edith. E é aí que descobrimos que, de "pobre velhinha", ela não tinha nada! Ela era uma senhora bastante resoluta, firme, independente e rabugenta quando precisava. E conseguia ser um amor de pessoa também. “Este relato encantador nos lembra de que, na correria do dia a dia, podemos de repente virar uma esquina e encontrar um desconhecido que vai nos fazer compreender nosso lugar e nosso propósito no mundo de forma mais profunda.Uma casa no meio do caminho é a prova de que compartilhar nossa humanidade é muito mais importante do que se preocupar com o que é diferente de nós.” – Don J. Snyder, romancista best-seller
Barry deixa seu cartão com Edith, para o caso de ela se incomodar com algo na obra e quiser reclamar para ele. Alguns dias depois ela liga para pedir que ele a leve no cabeleireiro. E então, aos poucos, começa uma grande amizade entre os dois. Em algum tempo Barry está a levando também ao médico, fazendo suas compras, marcando suas consultas, fazendo suas refeições e ouvindo suas histórias.
Em um ato muito tocante e nobre, Barry passa a cuidar de Edith e faz tudo ao seu alcance para evitar que ela seja levada para uma casa de repouso. E ele aprende muitas coisas com a Srta. Macefield também. Ele passa a ter paciência com os idosos, algo muito útil em sua vida posteriormente, e uma lição excelente para nós também. Além disso, Edith tem uma história de vida surpreendente que, tenho que confessar, em boa parte do livro, acreditei que fosse invenção dela. A relação entre os dois claro que não é um mar de rosas. Edith é bastante geniosa e, em algumas partes, você chega a sentir raiva dela. Apesar disso é uma amizade linda, um amor puro e sincero, que é tocante de presenciar, mesmo através da leitura. Edith é uma mulher ímpar, notável e Barry um homem incrível. O livro é uma leitura rápida, fácil e muito gostosa. Com toda a lição que ele passa, ainda te faz rir, ficar triste ou com raiva em questão de páginas. É inspirador, cativante, emocionante e uma super lição de vida! Recomendo que todos leiam, deem de presente, indiquem para amigos e parentes... "Na verdade, é tudo muito simples. Você descobre qual a coisa certa a fazer e então faz aquilo. Não precisa falar nem pensar muito sobre o assunto. Basta fazer. Se isso lhe é suficiente, não fica tão difícil."
Para quem quiser conhecer mais a história de Edith, tem um pouco mais clicando aqui.
E para quem não se lembra, ou quer matar a saudade, do filme Up, aqui embaixo tem o trailer para conferir.
Postado por: Letícia
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O livro A Última Estrela, escrito por Rick Yancey e publicado este ano pela editora Fundamento, é o terceiro livro da trilogia A Quinta Onda e foi o livro do mês para o Projeto Ler Juntos. Aqui no blog tem a resenha dos dois primeiros livros (A Quinta Onda e O Mar Infinito). Para quem nunca ouviu falar deles, esta é uma história apocalíptica. O mundo é invadido por alienígenas e eles lançam 4 ondas para destruir os humanos. Neste último livro a invasão está acabando. As coisas não estão muito boas para os humanos. Cabe agora a Cassie e o restante do esquadrão 53 tentar salvar o que resta da humanidade. O inimigo são os Outros. O inimigo somos nós mesmos. Eles vieram até nós porque querem a Terra. Vieram para acabar conosco. Vieram para nos salvar. Eles não inventaram a morte, mas a aperfeiçoaram. Deram um rosto a ela, porque sabiam que era a única maneira de nos exterminar. Por quê? Quem são eles realmente? O que querem de verdade? Assim como no segundo livro, este tem a história contada por mais de um personagem, sendo principalmente narrada por Cassie, Zumbi e Especialista. Através da visão dos três descobrimos que alguns enigmas que acreditamos estar respondidos tem respostas bem diferentes e/ou mais complexas. Neste livro, bem mais do que os outros, embarcamos numa análise sobre a relação dos humanos com sentimentos, principalmente medo, ódio, compaixão, empatia, perseverança e amor. E, como nos outros livros, Rick Yancey nos embarca num navio com as questões que aborda na sua trama e somos levados pela correnteza, sentindo tensão a cada passo que a história dá. Com essa trilogia só pude chegar a uma conclusão: Yancey é um escritor incrível. A história prende a atenção desde o primeiro livro. E este não deixou a desejar. Porém o desfecho da história é algo que ficou no ar para muitos leitores. Um dos motivos provavelmente foi a expectativa que era muito grande. Outro creio que foi que, os capítulos finais são muito intensos em questão de reflexão e ação. E o final é uma quebra muito brusca disso, o autor ligou todos os capítulos numa sequência muito boa, mas o último foi um pouco distante do anterior. “Podemos amar o que há de bom em nós e detestar o que há de mal, mas o que há de mal também está em nós. Sem ele não seríamos nós.” Com relação aos personagens gostei bastante de como Cassie evoluiu nos livros. Ela tem um tipo de coragem diferente da descrita pelos outros personagens. Ela é forte pelos outros, não só por si mesma. Quanto ao seu irmãozinho, antes Sam e agora Nugget, eu cheguei a ter muita raiva do garotinho, mas terminei o livro impressionada com a resiliência do garotinho. O desenvolvimento de Especialista também foi bem legal. O autor tomou uma decisão bem severa com relação a ela e ficou muito bom.
Falando de decisões drásticas, o final foi uma também. Rick definitivamente me surpreendeu: nenhuma das minhas teorias era de que o final seria aquele. Fiquei com medo de que no final ele colocasse a história numa situação bem distante do restante da trama, algo extremamente utópico como na maioria dos filmes em que há invasões alienígenas. Mas ele não me decepcionou assim. Em uma análise geral o livro foi muito bom, bem mais intenso que o segundo. Não ficaram pontas soltas na história, mas ainda assim ficou um espaço para a criação de uma continuação. Confesso que em alguns pedaços parecia que eu estava vivendo a situação também, era levada a pensar na resposta para o problema. Um dos capítulos finais me deixou bastante impressionada. O livro é bem curto (são apenas 264 páginas) e, apesar de trazer reflexões bastante intensas, sua leitura é rápida. Anotei várias citações, vários pedaços me marcaram e me emocionei bastante. Pelos comentários de outros leitores, acredito que o final, em específico, deste livro seja 8 ou 80: ou você o ama ou odeia. Eu estou no time dos que amaram. Adorei este livro e toda a trilogia. A escrita do autor é incrível e a história não podia ser diferente. Recomendo a leitura de toda a trilogia, vale muito a pena. Postado por: Letícia O livro O Silêncio das Montanhas, publicado em 2013 pela editora Globo Livros e é o terceiro livro do autor Khaled Hosseini.
Neste livro viajamos pelo mundo de Abdullah e Pari, dois irmãos que moram em uma aldeia distante de Cabul. Órfãos de mãe, que morreu no parto da caçula, Pari, os dois tornam-se muito próximos, principalmente pelo fato que Abdullah mesmo criança é quem cuida da irmã. Por um motivo muito triste, as crianças são separadas e é nessa parte que começa a história. Durante a trama passamos por várias histórias paralelas, histórias da vida de pessoas que, direta ou indiretamente, estão ligados aos dois irmãos. Definitivamente Khaled Hosseini é um contador de histórias incrível. Ele faz com que você sofra e sinta-se feliz com os personagens, sem nem ao menos perceber. Ao decorrer de suas páginas, refletimos sobre várias situações nada agradáveis, mas que todos devemos pensar. Esta história, assim como as outras duas do autor, também é ambientada no Afeganistão. Apesar de ter lido os outros dois livros há pouco, ainda é um ambiente e um sofrimento chocante e que dói muito de imaginar. Este, ao contrário dos outros, devido a quantidade de personagens que "contam" a história, passa-se em vários lugares ao redor do mundo. Várias histórias são chocantes e cheias de reviravoltas. Quando você acha que entendeu tudo, as coisas viram do avesso. E a maioria das histórias não são muito felizes. Apesar de ter achado este livro muito bom, não prendeu muito minha atenção. Quando eu começava a me apegar aos personagens o foco da história mudava - cada capítulo é a história de alguém diferente. Mesmo assim não consigo apontar nenhuma que não tenha me deixado extremamente emocionada e, muitas, à beira das lágrimas. Contudo, é inegável que a ideia de Hosseini foi brilhante: interligar várias tramas, várias vidas, mostrar como afetamos a vida de outra pessoa, mesmo sem imaginarmos, conhecermos ou percebermos. E ele fez isso de uma maneira de tirar o chapéu: nada de furos na história, muito pelo contrário, uma completava a outra. Definitivamente este livro não é nada simples como a capa aparenta. Apesar de não ter prendido tanto meu interesse quanto os outros dois do autor, em nenhum momento eu sequer cogitei parar de ler, só levei mais tempo para completar a leitura. Ainda assim é um livro que recomendo, pela profundidade de seu tema, excelente escrita e beleza do conteúdo. O livro O Chamado do Monstro, foi escrito pelo autor Patrick Ness, baseado na ideia de Siobhan Dowd e publicado pela editora Ática. Neste livro acompanhamos Conor O'Malley, um garoto de 13 anos que sofre bullying na escola, sofre acompanhando a mãe com uma doença grave em seus tratamentos e um pai ausente que mora em outro país com sua nova família. Tudo começa quando Conor é acordado por um monstro no meio da noite: um teixo que fica no morro do cemitério perto de sua casa. O monstro, que nem assusta o garoto tanto assim, deseja lhe contar três histórias e, no final, deseja que Conor conte-lhe a sua história. Uma história sobre um pesadelo que aterroriza o garoto há um longo tempo. Histórias são coisas selvagens, disse o monstro. Quando você as deixa à solta, quem sabe os estragos que podem causar? O monstro então encontra-se com O'Malley para contar-lhe as histórias, que nem sempre fazem sentido para o menino por ter finais contraditórios e nem sempre felizes. Apesar disso, ele tentar encaixá-las nos problemas de seu cotidiano. Conor sofre bastante com a doença da mãe, que no decorrer da história você entende que é câncer em estágio terminal, pois, apesar de encarar o sofrimento dela em casa, ele é discriminado na escola pelos colegas que o deixam de lado, por Harry e os capangas que batem nele, pelos professores que agem como se ele não existisse.
Apesar de o título parecer de um livro de terror, na verdade a história é um drama. Patrick Ness escreveu este conto baseando-se em uma ideia de Sobhan Dowd, uma escritora vítima de câncer que faleceu em 2007. Existe uma adaptação cinematográfica da obra que só descobri depois de começar a ler o livro. O Chamado do Monstro é uma história bastante profunda, triste e bonita. Um livro para se ler e decididamente guardar em um lugar especial em você. Apesar de desde o começo já podermos imaginar o rumo que a história vai tomar, as lições dadas pelo teixo a Conor são verdadeiras lições de vida. As ilustrações no decorrer do livro só tornam a trama mais incrível ainda. Definitivamente é uma obra inesquecível. Recomendo para todas as pessoas, independente de gosto e idade. Postado por: Letícia O livro O Caçador de Pipas, escrito por Khaled Hosseini e publicado pela editora Nova Fronteira, conta a história de Amir e Hassan, dois garotos afeganes, quase da mesma idade, que foram praticamente criados juntos e ainda assim, levam vidas muito diferentes.
Amir é um garoto rico, que perdeu a mãe no nascimento e vive tentando conquistar a atenção do pai. Vai para a escola, tem uma vida confortável, é covarde, mimado, e, em poucas páginas, você adquire um ódio imenso por ele, que só aumenta. Hassan é um garoto pobre, de recendência hazara, portanto é muito discriminado. Tem um amor imenso por Amir, uma devoção extremamente pura e inocente, que perdura por toda a sua vida, apesar de não ter nenhum motivo para isso. Criado somente pelo pai e abandonado pela mãe, acho impossível alguém ler este livro e não se apaixonar por este garoto e sentir suas dores. O ambiente já é extremamente propício ao sofrimento, nós vemos sempre nos jornais como as coisas são no Oriente Médio: guerras, pensamentos extremistas, preconceito, discriminação, extrema pobreza. Confesso que é um ambiente que conheci melhor em outro livro do autor, A Cidade do Sol, que também tem resenha aqui no blog. E é um ambiente chocante. Alguns fatos e até personagens batem com os do livro A Cidade do Sol, como, por exemplo, o nome do dono do orfanato que não darei spoilers de porque surgirá na história, ou com o campo de futebol utilizado para as punições realizadas pelos talibãs. Este é um livro muito profundo. Não é a toa que é considerado uma das maiores obras dos tempos atuais. Khaled Hosseini te faz mergulhar de cabeça na vida destes dois garotos, sorrir e chorar, comemorar e temer, com eles. Aborda vários temas chocantes também. A pureza e a lealdade de Hassan, apesar de todas as coisas que acontecem chegam a doer. Definitivamente é um livro que vai ficar marcado na minha memória, é uma obra excelente. E decididamente algo que recomendo que todos leiam. Postado por: Letícia A Cidade do Sol, escrito por Khaled Hosseini, em 2007 e publicado pela editora Nova Fronteira, conta a história triste de Mariam e Laila, duas afegãs que representam a vida sofrida de muitas mulheres afegãs por aí.
O livro começa contando a vida de Mariam quando criança. Ela morava com sua mãe em uma kolba, uma tenda, que seu pai construiu para elas numa clareira um pouco distante de sua cidade Herat. Mariam era uma harami, a filha bastarda de seu pai. Ele a visitava uma vez por semana, às quintas, por apenas algumas horas, horas essas que eram o ponto alto da semana da garota. No decorrer da primeira parte do livro você vê como Mariam foi inocente (como toda criança, o que não é um defeito da garota), e sofreu por essa inocência. E você sofre com ela. E muito, acredite. Uma coisa que não gostei muito, mas que valeu a pena mais tarde, foi que, quando tinha me afeiçoado a Mariam e queria saber o que iria acontecer com ela, e, de repente, a história muda de foco. Passa a ser centrada então em Laila, uma garotinha que cresceu em Cabul, com um pai carinhoso, uma mãe ausente – perturbada pelos filhos mais velhos terem ido lutar na guerra, e um melhor amigo Tariq, que se torna sua paixão mais tarde. A princípio Laila parece o oposto de Mariam: é uma garota inteligente, que apesar de ser esquecida pela mãe (como Mariam foi pelo pai), é feliz com o que tem, é cheia de amigos, vai à escola, seu pai quer que ela tenha um futuro brilhante, apesar de todos os problemas na sociedade ao seu redor. Até que tudo muda. Por uma força do destino, acontece uma desgraça na vida de Laila, eram tempos de guerra (como sempre parece ser naqueles lados do mundo), e Laila perde tudo que conhece. Até que Mariam a ajuda. A vida das duas se cruza então de uma maneira permanente e complicada. E muito profunda. Todo o enredo nos leva a refletir sobre muitas coisas em nossas vidas. Ele retrata o sofrimento das pessoas que vivenciam a guerra diariamente em suas vidas, das mulheres que sofrem nas mãos de maridos abusivos, os problemas de viver em uma sociedade caótica e preconceituosa. O autor intercala a história de ambas as personagens sem deixar a história cansativa. O fundo da história mostra a história do Afeganistão de maneira sutil, algumas vezes confirmando e outras refutando o que nós, aqui no Ocidente, normalmente vemos retratado em filmes e novelas. Ainda assim, retrata uma realidade triste e bastante pesarosa. Sua escrita também é tão incrível que nos leva a sentir o que as duas protagonistas sentem (o mais próximo que pode se imaginar desta situação, claro) de uma maneira muito profunda, nos fazendo sentir intensamente a dor delas. Com duas personagens muito carismáticas e transformando um ambiente nada propício em um incrível romance, Khaled Hosseini consegue encantar e nos levar a um mundo totalmente diferente do nosso através das páginas do seu livro. É um livro muito profundo, que recomendo para todos por vários motivos diferentes, mas, para quem tem o coração fraco, já deixo um aviso: se prepare, você vai se emocionar muito no decorrer dessas páginas. Postado por: Letícia As cinco sementes de laranja é um conto de Sherlock Holmes escrito em 1891. Nesta breve história Conan Doyle conta uma brilhante dedução de Holmes, em um caso estranhíssimo e, mais uma vez, surpreende com o final.
Openshaw é um homem com uma história estranha, uma grande fortuna e marcado para morrer. O problema é que ele não sabe o porque e nem quem está atrás dele. Então ele procura a ajuda de Holmes para se salvar, levando consigo sua sentença de morte: 5 sementes de laranja e uma carta assinada por K.K.K. Essa mesma carta significou o fim de seu tio e depois de seu pai, Ela pede que algo seja feito em troca da segurança do remetente: que os documentos sejam colocados no relógio de sol. Porém o tio dele queimou esses documentos ao receber a carta. Holmes então sai a procura dos responsáveis pelo crime. Como sempre Doyle utiliza-se de uma situação que, aparentemente, é um beco sem saída, e a transforma em algo possível nas mãos de Sherlock. Porém, o que mais chama a atenção nesse conto é a grande decepção que é o final. Apesar disso, por ser obra de Conan Doyle, sendo o grande escritor que ele é, e sendo um conto de poucas páginas que leva poucos minutos para se ler, é uma leitura que vale a pena. Postado por: Letícia O livro O Mar Infinito, escrito por Rick Yancey e publicado pela editora Fundamento em 2015, é o segundo livro da trilogia A Quinta Onda. Vocês podem conferir a resenha do primeiro livro (que leva o mesmo nome da série) clicando aqui. Esta é uma trilogia apocalíptica: alienígenas invadem a terra e lançam 5 ondas para acabar com os humanos, cada uma mais devastadora do que a outra. E, a cada onda, atacam de uma maneira muito inteligente a humanidade, destruindo-a de várias formas. Como livrar a Terra de 7 bilhões de humanos? Tire a humanidade deles No primeiro livro a história tem seu foco em Cassie, uma garota de 16 anos que, após perder os pais, parte em busca do irmão que foi levado para uma base militar. Ela conhece então Evan Walker, que a ajuda a cumprir sua promessa para o garotinho.
Neste segundo livro a trama é vista através do ponto de vista de diversos membros do esquadrão de Sam. Agora os garotos sabem a verdade: os militares bonzinhos não são tão bonzinhos assim. Eles são os alienígenas, o inimigo. E precisam ser enfrentados. Porém, além da óbvia diferença numérica e em armamento para encarar essa empreitada, os garotos precisam primeiro sobreviver: Zumbi está gravemente ferido, o lugar em que estão não é seguro, alimentos, água e remédios são coisas escassas e há soldados os perseguindo. Neste segundo livro o autor continua com a sua escrita incrível e não decepciona. No primeiro passamos pelo sofrimento de que nossa raça está sendo exterminada junto com os sobreviventes da história. Nesta o elemento principal é a dúvida: por que os alienígenas agiram dessa forma? Por que formar um exército de crianças? Por que não simplesmente destruir a terra com uma grande rocha como com os dinossauros? Eles precisam do que? Querem o que? No começo o livro parece confuso, já que vários pontos de vista em situações e lugares diferentes são apresentados. Mas toda essa intricada cadeia de acontecimentos contribui para compreendermos melhor os mistérios por trás desta tragédia. Mas você deve estar pensando: é uma trilogia, não pode ser tudo tão simples assim, certo? Certíssimo!! Há muitas reviravoltas na trama a cada descoberta e todas elas te fazem criar várias teorias para entender o que está acontecendo. Definitivamente Rick Yancey não decepcionou. Após um primeiro livro muito intenso imaginei que o segundo fosse ser fraco. Mas não foi, muito pelo contrário. No primeiro lidamos com o sofrimento, no segundo com vários sentimentos dos humanos: amor, esperança, comprometimento, fé, e várias outras coisas. Somos levados a pensar no que realmente importa, o que nos torna tão diferentes? Foram dois livros totalmente intensos e que prendem o leitor emocionalmente ao máximo e, certamente, espero o mesmo do terceiro considerando o histórico. Recomendo muito a leitura desta trilogia: excelente escrita, abordagem original do tema e, por prender muito a atenção, é uma leitura muito fluida, apesar de intensa. Postado por: Letícia O livro a 5ª Onda foi escrito pelo autor Rick Yancey e publicado pela editora Fundamento em 2013 e é o primeiro livro de uma trilogia que leva o mesmo nome deste título. A Quinta Onda é uma distopia extremamente interessante e, apesar de chegar fora de época se comparado com outros títulos de contexto parecido, não deixa nada a desejar. Depois da primeira onda, só restou a escuridão. O livro conta a história de Cassie, uma garota de 16 anos que tinha uma vida comum das histórias americanas: ia para a escola, tinha um amor platônico pelo garoto lindo, popular e jogador de futebol, uma melhor amiga com a qual conversava sobre tudo, mora com os pais e o irmão. Nada de extraordinário até que, um dia, uma nave alienígena paira sobre a terra. Por dez dias os humanos tentam contato (sem sucesso) e criam várias explicações para o que os seres de fora possam estar querendo. Então, no décimo primeiro dia dessa visita indesejada, vem a primeira onda. Depois dela tudo vira um caos. Nada mais está no seu devido lugar e ninguém parece saber o que fazer. A raça humana está sendo dizimada rapidamente. O caos se instaurou na terra. Os sobreviventes tentam se agrupar e sobreviver, mas nada parece estar a seu favor. Após uma série de acontecimentos Cassie se vê sozinha no mundo com um único objetivo em mente: cumprir a promessa que fez a seu irmãozinho Sammy, de 5 anos, e encontra-lo em um campo de concentração do exército. O problema é: as coisas não são mais o que parecem. Não se pode confiar em ninguém mais. O que me chamou a atenção para esta trilogia foi o trailer do filme (que você pode conferir no fim do post) e, após ver o filme quis muito ler o livro. O interessante em relação aos dois é que muitas coisas foram preservadas. As que não foram e eram importantes foram adaptadas para aparecer no filme. Pouca coisa importante ficou de fora. Quanto ao livro, meu Deus que angústia! O escritor escreve de uma forma excelente a história e te faz sentir as dores e dúvidas de Cassie ao máximo. Sem contar a antipatia imensa que se fica com relação aos “Outros”. Pode ser que essa sensação de desespero que conseguimos sentir ao ler o livro seja pelo simples fato de sermos humanos e ser a nossa raça a estar sendo destruída, mas o autor conseguiu passar essa sensação de uma maneira incrível. Outro ponto bastante interessante do livro é que o fator “alienígena” é abordado de uma maneira totalmente nova. A guerra contra os alienígenas não é da maneira como estamos acostumando a ver retratadas nos filmes e séries: os monstrinhos verdes invadem a terra e, se não forem bonzinhos e quiserem viver pacificamente conosco, são subjugados pelos humanos através da sua capacidade de se agrupar sob um objetivo único e maior como um inimigo comum. Neste livro é tudo ao contrário: “Os Outros” (que é como os nossos visitantes indesejados são chamados) são como nós, sabem como nós pensamos, nos estudaram, sabem nossas fraquezas. E usam isso a seu favor de uma maneira tragicamente incrível. Se agrupar, que é um instinto que temos desde épocas remotas, só faz mal aos humanos. E ficar sozinhos também. A história é bastante intensa e muito rica em detalhes, principalmente no que se refere a sentimentos e pensamentos dos personagens. É um livro que, em alguns momentos, você quer parar de ler. Mas aí pensa: não, preciso saber o que vai acontecer, isso não é possível. E aí não quer parar de ler. Recomendo muito a leitura e, para quem tem o coração mole, em alguns pedaços acho que recomendaria deixar um lencinho perto também. Postado por: Letícia
O livro Cartas na Mesa de Agatha Christie foi publicado em 1936 e certamente é um dos melhores livros da autora.
Nesta história o excêntrico Sr. Shaitana é um homem que não tem muitos amigos e admiradores, ao contrário de suas festas, que são consideradas excepcionais. Além de dar festas memoráveis Shaitana é um colecionador de objetos e coisas excêntricas. Uma das coisas que ele coleciona é segredos. Segredos perigosos de gente perigosa. Shaitana encontra um pequeno detetive belga e convida-o para jantar com a promessa de que será um jantar inesquecível, já que uma das cartas que o sujeito traiçoeiro tem na manga são criminosos vitoriosos, bem-sucedidos, que nunca foram pegos. No jantar encontram-se então 4 detetives e 4 criminosos. Esses convidados tornam-se adversários em jogos de bridge. E em um jogo muito mais perigoso: Shaitana é assassinado e agora cabem aos 4 detetives a missão de descobrir o responsável pela morte de seu anfitrião e os crimes cometidos anteriormente pelos criminosos. O enredo é muito bem escrito, cheio de suspense e momentos de altas revelações e descobertas incríveis. Em um único livro a Rainha do Crime faz com que vários crimes sejam investigados, todos aparentemente acidentes, e difíceis de chegar a eles. Além disso, em praticamente todos é impossível provar que alguém era o responsável. Mais uma vez é comprovada a inteligência de Poirot também, descobrindo os acontecimentos de maneira peculiar e surpreendente. A trama é muito bem escrita e emocionante. Apesar de ser pequeno foi um livro que demorei um pouco para ler, mas porque estava tentando adivinhar o acontecido, o que não consegui. Quando chega em uma parte do livro você de maneira nenhuma que parar de ler, pois é uma leitura muito envolvente e a história mais elaborada da autora. Para quem gosta deste tipo de leitura, assim como eu, é uma leitura praticamente obrigatória. Postado por: Letícia |
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